Benefícios do Treinamento em Altitude para Corredores e Como Implementar
O treinamento em altitude tem ganhado cada vez mais destaque entre corredores de todos os níveis, desde amadores até atletas de elite. Esse método, que consiste em realizar atividades físicas em locais de elevada altitude, promete melhorar o desempenho aeróbico e aumentar a resistência. A baixa concentração de oxigênio nas alturas força o corpo a se adaptar, resultando em benefícios expressivos para quem busca maximizar sua performance.
Vamos explorar os principais benefícios do treinamento em altitude, além de oferecer dicas práticas sobre como integrá-lo à sua rotina de corrida. Se você quer entender como esse tipo de treinamento pode elevar o seu nível nos treinos e competições, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber para começar!
O que é treinamento em altitude e como afeta o corpo?
O treinamento em altitude envolve a prática de exercícios físicos em locais com altitudes elevadas. Nessas condições, o ar é mais rarefeito e a disponibilidade de oxigênio é menor, o que faz com que o corpo tenha que trabalhar mais para fornecer oxigênio suficiente aos músculos.
Esse ambiente cria um estímulo que desencadeia diversas adaptações fisiológicas, ajudando os corredores a se tornarem mais eficientes durante o esforço. Uma das principais mudanças que ocorrem no corpo durante o treinamento em altitude é o aumento na produção de glóbulos vermelhos.
Para compensar a baixa concentração de oxigênio, o organismo produz mais dessas células, que são responsáveis por transportar o oxigênio no sangue. Isso resulta em uma melhora na capacidade de fornecer oxigênio aos músculos durante atividades físicas intensas, o que pode elevar o desempenho aeróbico e retardar a fadiga.
Além disso, o treinamento em altitude provoca ajustes no sistema cardiovascular, aumentando a eficiência do coração em bombear sangue pelo corpo. Há também melhorias na ventilação pulmonar, já que o corpo passa a utilizar o oxigênio de forma mais eficiente. Com o tempo, essas adaptações podem levar a ganhos significativos em termos de resistência e recuperação, mesmo quando o atleta retorna ao nível do mar.
Essas mudanças fisiológicas não acontecem de forma imediata, sendo necessário um período de aclimatação para que o corpo se adapte ao ambiente de alta altitude. O processo de aclimatação pode variar de pessoa para pessoa, mas, geralmente, leva de duas a quatro semanas para que os efeitos positivos comecem a ser percebidos. Por isso, é importante planejar bem o ciclo de treinamento para maximizar os benefícios, melhorar a biomecânica na corrida e evitar problemas como o mal-estar da altitude.
Erros mais comuns na corrida que devem ser evitados: 1) Cabeça olhando muito para baixo: mantenha sempre sua cabeça erguida na linha do horizonte enquanto está correndo; 2) Rotação excessiva do tronco: na corrida, o deslocamento é direcionado á frente, e não de um lado para o outro; 3) Entrada dos pés com o calcanhar, aumentando o impacto na sua corrida: a entrada do pé no solo primeiro deve acontecer com a parte da frente e, em seguida, com o toque do calcanhar.
Carlos Rissato, Treinador e Atleta em Parceria com a Probiótica
O que é VO2 máximo?
O VO2 máximo é definido como a quantidade máxima de oxigênio que o corpo consegue utilizar durante um exercício físico intenso. Ele representa um limite importante para a capacidade aeróbica, sendo uma métrica que indica a eficiência com que o corpo consome e utiliza o oxigênio durante atividades que exigem resistência.
Quanto maior o VO2 máximo de uma pessoa, melhor será o seu desempenho em exercícios de longa duração e de alta intensidade, já que o corpo consegue fornecer mais oxigênio para os músculos.
Esse indicador é amplamente utilizado na avaliação de atletas e pessoas que buscam melhorar sua aptidão física, pois está diretamente relacionado ao desempenho aeróbico. Medir o VO2 máximo normalmente requer um teste em laboratório, onde a pessoa realiza exercícios em uma esteira ou bicicleta ergométrica, com a intensidade aumentando gradualmente até o limite de esforço.
Durante o teste, a respiração é monitorada para calcular a quantidade de oxigênio que está sendo utilizada, fornecendo um valor preciso para o VO2 máximo. Além de ser um indicador de desempenho, o VO2 máximo também está associado à saúde e longevidade.
Estudos mostram que pessoas com um VO2 máximo elevado tendem a ter uma melhor saúde cardiovascular e menor risco de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Isso ocorre porque a alta capacidade aeróbica contribui para um coração e pulmões mais eficientes, além de melhorar a circulação sanguínea.
Portanto, aumentar o VO2 máximo não é apenas benéfico para a performance esportiva, mas também para a saúde geral e a qualidade de vida.
“A diferença entre um atleta que tem o VO2 alto para um atleta olímpico são fatores como economia da corrida, limiar de lactato, potencia critica, reserva de velocidade e vários componentes que tornam o atleta olímpico um corredor de alta performance.”
Quais os benefícios do treinamento em altitude?
O treinamento em altitude oferece vários benefícios importantes para corredores, especialmente em relação ao desempenho aeróbico. Uma das vantagens mais notáveis é a melhoria no VO2 máximo, que representa a capacidade do corpo de utilizar o oxigênio durante exercícios intensos.
Em altitudes elevadas, o ar rarefeito exige que o organismo se adapte, aumentando a produção de glóbulos vermelhos para otimizar o transporte de oxigênio. Essa adaptação não só melhora a capacidade aeróbica, mas também ajuda a retardar a fadiga, permitindo que o corredor mantenha um ritmo elevado por mais tempo.
Além de melhorar o VO2 máximo, o treinamento em altitude promove ganhos na resistência muscular. A exposição contínua a baixos níveis de oxigênio força os músculos a trabalharem com maior eficiência, utilizando o oxigênio disponível de forma otimizada.
Isso resulta em uma maior capacidade de suportar atividades prolongadas, já que os músculos se tornam mais resistentes ao acúmulo de ácido lático, um dos principais fatores que contribuem para a fadiga muscular. Como consequência, os corredores experimentam uma melhoria significativa no desempenho em provas de longa duração.
A eficiência aeróbica também é outro benefício relevante que os corredores podem obter com o treinamento em altitude. Com o tempo, o corpo se torna mais eficiente em usar o oxigênio de forma econômica, o que melhora a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea.
Essa maior eficiência permite que o corredor mantenha a mesma intensidade de esforço com menos demanda de oxigênio, o que pode ser particularmente vantajoso quando se compete ao nível do mar, onde o oxigênio é mais abundante. Esse tipo de treinamento, portanto, pode proporcionar um diferencial competitivo significativo para os atletas.
Como a altitude melhora o desempenho?
A ciência mostra que o treinamento em altitude induz adaptações fisiológicas significativas que podem melhorar o desempenho esportivo.
Quando o corpo é exposto a baixos níveis de oxigênio, há uma série de respostas compensatórias como o aumento na produção de eritropoietina (EPO), hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos. Esse aumento nos glóbulos vermelhos eleva a capacidade de transporte de oxigênio no sangue, fundamental para otimizar a eficiência aeróbica e o desempenho durante atividades de alta intensidade.
Estudos também indicam que o processo de aclimatação é fundamental para maximizar os benefícios. A aclimatação envolve uma série de adaptações, como o aumento da densidade capilar e a melhoria da eficiência das mitocôndrias, que são responsáveis pela produção de energia nas células musculares.
O tempo recomendado para essas mudanças varia, mas geralmente leva de duas a quatro semanas para que os atletas percebam uma melhora significativa no desempenho.
Outro ponto importante é a utilização de estratégias específicas, como o método “Live High, Train Low” (viver em altitude e treinar em altitudes mais baixas), que tem se mostrado eficaz para otimizar os efeitos do treinamento.
Essa abordagem permite que os atletas desfrutem dos benefícios fisiológicos de viver em altitude, como o aumento de glóbulos vermelhos, enquanto treinam em locais onde a intensidade dos exercícios pode ser mantida em um nível mais elevado. Essa combinação potencializa os ganhos em performance e minimiza os riscos de overtraining e fadiga associados ao treinamento em altitude.
A Probiótica oferece suplementos que não só melhoram a performance física, mas também promovem o bem-estar e a saúde. Estamos sempre buscando maneiras de ajudar você a alcançar seus objetivos fitness com confiança.
Dicas de como implementar o treinamento em altitude
Implementar o treinamento em altitude na rotina de um corredor exige planejamento cuidadoso para maximizar os benefícios e evitar riscos. A seguir, separamos algumas dicas fundamentais para estar preparado para este desafio.
5. Escolha o momento certo
O primeiro passo é escolher o momento certo para incorporar o treinamento em altitude ao ciclo de treinos, como durante a fase de preparação ou em um período específico de aclimatação antes de uma competição importante. Começar com sessões mais leves e de baixa intensidade nos primeiros dias é essencial para permitir que o corpo se adapte gradualmente à menor disponibilidade de oxigênio.
À medida que a aclimatação progride, a intensidade e o volume dos treinos podem ser aumentados gradualmente. Alternar entre sessões em altitude e treinos de recuperação em altitudes mais baixas é uma estratégia eficaz para otimizar os benefícios.
Essa abordagem permite que o corredor aproveite os efeitos fisiológicos do treinamento em altitude, enquanto ainda mantém a intensidade dos treinos ao nível do mar, onde o desempenho pode ser melhor sustentado.
A duração do ciclo de treinamento em altitude é outro fator importante. Para obter resultados significativos, é recomendado passar de duas a quatro semanas em altitudes moderadas, com sessões regulares e bem distribuídas.
4. Atenção ao condicionamento físico
O condicionamento físico é a base para enfrentar os desafios da corrida em alta altitude. A exposição ao ar rarefeito e à menor disponibilidade de oxigênio exige um corpo bem preparado, tanto em termos de capacidade aeróbica quanto de força muscular.
Para isso, é importante investir em um plano de treinamento consistente, com pelo menos seis meses de antecedência. Inclua treinos intervalados para melhorar o VO2 máximo, além de exercícios de resistência muscular para preparar as pernas para longas subidas e terrenos irregulares.
Lembre-se: quanto melhor o condicionamento físico, maior a capacidade de adaptação às condições extremas.
3. Escolha a vestimenta adequada
As condições climáticas em alta altitude podem ser imprevisíveis, com variações drásticas de temperatura, vento e até neve. Para se proteger, escolha roupas que ofereçam isolamento térmico e sejam leves o suficiente para não comprometer a mobilidade.
Camadas de vestuário são uma boa estratégia, pois permitem ajustar o nível de proteção conforme a temperatura muda. Tecidos que ajudam na regulação térmica e são capazes de repelir umidade são ideais para manter o corpo seco e aquecido durante a corrida.
2. Priorize a alimentação
Além disso, ajustar a nutrição e a hidratação para as demandas específicas do ambiente de altitude, e monitorar sinais de fadiga e mal-estar, são práticas fundamentais para garantir que o treinamento seja seguro e eficaz.
A alimentação desempenha um papel essencial no desempenho em altitudes elevadas, onde o gasto energético é significativamente maior. Opte por alimentos de fácil digestão e ricos em calorias, como barras de proteína, géis energéticos e frutas secas.
Uma dica prática é manter esses itens próximos ao corpo, em bolsos internos, para que fiquem aquecidos e mais fáceis de consumir. Não se esqueça da hidratação, já que o ar seco nas montanhas pode acelerar a desidratação. Beba água regularmente, mesmo que não sinta sede, para manter o corpo bem hidratado.
“Uma dica que eu dou é utilizar o Carb Up Wafel. Eu sempre costumo usar ele no pré-prova e também quando eu estou cansado da versão Gel, então acabo preferindo comer mastigando alguma coisa, e o Carb Up Wafel cai super bem nesse momento.”
Pepe Fiamoncini, Corredor Recordista em Parceria com a Probiótica
1. Cuidado com o mal da altitude
A partir dos 3.500 metros, o risco de sofrer com o mal da altitude aumenta significativamente, trazendo sintomas como dor de cabeça, tontura e náusea. Para minimizar esses efeitos, siga um protocolo de aclimatação adequado.
Isso pode incluir subir gradualmente para permitir que o corpo se adapte ao ambiente, além de evitar esforços intensos nos primeiros dias. Suplementos como a cafeína ou nitrato também podem ajudar a mitigar os sintomas e melhorar o desempenho, mas é essencial consultar um médico antes de usá-los em condições extremas.
O que é o mal da altitude?
O mal da montanha, também conhecido como mal da altitude, ocorre quando uma pessoa sobe rapidamente a altitudes elevadas sem dar ao corpo tempo suficiente para se aclimatar.
“A partir de certa altitude, geralmente acima de 5.800m não existe mais como se adaptar, por isso que não existem pessoas morando nessa altitude. É possível chegar em locais mais alto que isso, mas não da para viver porque nosso corpo não se adapta.“
À medida que a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui, resultando em menor disponibilidade de oxigênio no ar. Isso pode desencadear uma série de sintomas, que variam de dor de cabeça leve e náusea até problemas mais graves, como edema pulmonar ou cerebral, caso não sejam tomadas as devidas precauções.
Os sintomas do mal da montanha podem se manifestar de forma mais intensa em pessoas que não estão bem condicionadas fisicamente ou que não seguem um protocolo adequado de aclimatação.
Para minimizar o risco, é essencial subir gradualmente e dar tempo para o corpo se adaptar às novas condições. A hidratação e o reconhecimento precoce dos sintomas são medidas importantes para evitar complicações. Em casos mais severos, descer para altitudes mais baixas pode ser necessário para aliviar os sintomas e garantir a segurança.
Alternativas ao treinamento em altitude
Para quem não pode viajar para locais de altitude elevada, existem alternativas que simulam os efeitos do treinamento em altitude, como câmaras hiperbáricas e máscaras de altitude.
Câmaras hiperbáricas criam um ambiente controlado com menor disponibilidade de oxigênio, imitando as condições de altitudes elevadas. Esse método permite que os atletas treinem em baixas altitudes enquanto experimentam os benefícios da exposição ao ar rarefeito, promovendo adaptações semelhantes às obtidas em ambientes de montanha.
As máscaras de altitude, por outro lado, são dispositivos que restringem o fluxo de ar, obrigando o usuário a respirar de forma mais controlada e profunda. Embora não reduzam efetivamente a concentração de oxigênio inalado, elas aumentam a dificuldade respiratória. Essa prática pode ser útil para fortalecer a musculatura respiratória e melhorar a capacidade pulmonar, mas não substitui completamente os benefícios fisiológicos do treinamento em altitude real.
Essas alternativas são ideais para quem busca complementar os treinos ou enfrentar limitações logísticas. No entanto, é importante combinar essas tecnologias com um plano de treinamento bem estruturado e monitorar a resposta do corpo.
A eficiência dessas ferramentas pode variar de pessoa para pessoa, sendo recomendável utilizá-las como parte de uma estratégia global de condicionamento físico e não como a única forma de preparação para provas de alta performance.
O treinamento em altitude é uma estratégia poderosa para corredores que buscam melhorar o desempenho e a resistência, proporcionando adaptações fisiológicas únicas. Seja por meio da aclimatação em ambientes naturais ou pelo uso de tecnologias que simulam o ar rarefeito, os benefícios para a capacidade aeróbica e muscular são significativos e podem ser um diferencial competitivo.
No entanto, é fundamental planejar cuidadosamente a implementação do treinamento e monitorar as reações do corpo para garantir segurança e eficácia. Com a abordagem correta, o treinamento em altitude pode elevar o nível dos treinos e preparar o corredor para enfrentar novos desafios com mais eficiência e confiança.
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