Surfar em jejum faz mal? O que considerar antes de entrar no mar sem comer
Você já se preparou para um dia de surf logo cedo e decidiu entrar no mar sem tomar café da manhã? Muita gente opta por surfar em jejum, seja por falta de tempo ou por acreditar que isso pode trazer algum benefício. Mas será que o corpo aguenta o esforço sem nenhum alimento? Neste post vamos falar sobre os efeitos de surfar sem comer, os possíveis riscos para o desempenho e a saúde e o que é importante considerar antes de começar a treinar com o estômago vazio.
O que é o jejum e por que alguns atletas o praticam
O jejum é a prática de ficar por um período determinado sem consumir alimentos. Nos esportes, ele geralmente é planejado e controlado, com o objetivo de provocar adaptações metabólicas no corpo. A forma mais comum entre atletas e praticantes de atividade física é o jejum intermitente, em que a alimentação é concentrada em uma janela de tempo específica durante o dia, como comer apenas entre meio-dia e oito da noite, por exemplo.
Essa estratégia é usada por alguns atletas por diferentes razões. Uma delas é estimular o corpo a utilizar mais gordura como fonte de energia, o que pode ser vantajoso em esportes de resistência. Outros utilizam o jejum para ajudar na definição muscular ou na manutenção do peso corporal, principalmente quando o objetivo é reduzir o percentual de gordura sem comprometer a massa magra.
Há também aqueles que relatam maior sensação de leveza e foco ao treinar em jejum. No caso de esportes como o surf, que exigem controle do centro de gravidade, atenção ao ambiente e resposta rápida a estímulos, essa sensação pode ser interpretada como um ganho de desempenho. Além disso, evitar uma refeição próxima ao treino pode reduzir desconfortos gastrointestinais, como náuseas ou refluxo, principalmente em atividades que envolvem movimentos intensos e contínuos.
No entanto, os efeitos do jejum são altamente individuais. A capacidade do organismo de sustentar esforço físico sem uma refeição prévia depende de diversos fatores, como a duração e intensidade do exercício, o nível de condicionamento do atleta, a alimentação feita nas horas ou dias anteriores e o tipo de treino. Nem todos respondem bem ao jejum, e em atividades que demandam força explosiva ou resistência prolongada, como uma longa sessão de surf, a falta de energia disponível pode prejudicar o rendimento e aumentar o risco de fadiga precoce.
“Quando treinamos em jejum, nosso corpo aprende a utilizar melhor a gordura como fonte de energia durante o exercício. Isso significa que, com o tempo, o organismo se adapta para queimar gordura de forma mais eficiente, o que pode ser útil para quem quer reduzir o percentual de gordura corporal ou melhorar a composição física. Essa adaptação é uma das razões pelas quais alguns atletas escolhem incluir treinos em jejum na rotina.“
Por isso, antes de adotar o jejum como rotina pré-treino, é importante entender como o seu corpo reage e, se possível, contar com orientação de um profissional de nutrição esportiva. A escolha deve ser feita com base na experiência individual e nos objetivos de desempenho, sempre considerando a segurança e o bem-estar durante a atividade.
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Como o corpo responde ao esforço físico em jejum
Quando iniciamos uma atividade física, o corpo precisa gerar energia para manter os músculos em movimento. Essa energia vem principalmente de dois combustíveis: a gordura e o carboidrato, em especial o glicogênio, que é a forma como o corpo armazena carboidratos nos músculos e no fígado. A escolha entre um ou outro depende de vários fatores, como a intensidade do exercício, a duração e o estado nutricional da pessoa.
No caso do exercício em jejum, o corpo tem menos glicogênio disponível. Como resultado, ele tende a recorrer mais rapidamente à gordura como fonte de energia. Essa mudança no padrão de uso energético pode ser vantajosa em atividades de baixa a moderada intensidade, quando o corpo ainda consegue manter o desempenho apenas com a queima de gordura.
No entanto, à medida que a intensidade do exercício aumenta, o organismo passa a exigir energia mais rápida e eficiente, e aí os carboidratos se tornam fundamentais. Em exercícios mais intensos, como uma sessão de surf com muitas remadas, manobras e tempo prolongado na água, o corpo pode começar a sentir os efeitos da falta de carboidrato: queda de rendimento, cansaço precoce e até tonturas.
Além disso, a resposta ao esforço em jejum é influenciada pela adaptação do atleta. Quem já tem experiência com esse tipo de treino tende a lidar melhor com a falta de energia imediata, pois o corpo já aprendeu a mobilizar gordura de forma mais eficiente. Já quem está começando pode sentir mais dificuldades e até sintomas como fraqueza, náusea ou desconforto geral.
“Durante o exercício físico, o corpo aumenta o consumo tanto de gordura quanto de glicose. Em atividades de intensidade moderada, a gordura é a principal fonte de energia. Mas, conforme a intensidade aumenta, a glicose e o glicogênio muscular passam a ser mais exigidos, enquanto a queima de gordura diminui. Ou seja, exercícios intensos dependem mais dos carboidratos para manter o desempenho físico.“
Luciana Haddad ─ Médica e atleta em parceria com a Probiótica
Por isso, é essencial entender que o jejum muda a forma como o corpo gera energia e que nem sempre ele é a melhor escolha quando se trata de atividades mais exigentes ou prolongadas. Ouvir o próprio corpo e observar como ele reage ao treino em jejum é o primeiro passo para fazer uma escolha segura e inteligente.
Surfar em jejum: entenda os limites e as condições seguras
Surfar em jejum pode parecer uma escolha inofensiva, mas envolve mais variáveis do que se imagina. O impacto dessa decisão depende do tipo de treino, do tempo de jejum e da adaptação do corpo. A seguir explicamos quando essa prática pode ser arriscada e em quais situações ela pode ser feita com segurança.
Riscos de surfar sem se alimentar
Entrar no mar para uma sessão de surf sem se alimentar previamente pode parecer inofensivo, principalmente em dias de mar mais calmo ou treinos mais curtos. No entanto, a combinação de esforço físico, exposição ao sol e ao calor, e tempo prolongado na água pode se tornar um desafio para o corpo quando ele não recebeu nenhum combustível. A falta de energia disponível compromete o desempenho e segurança.
O principal risco de surfar em jejum está na possibilidade de queda brusca da glicose no sangue, conhecida como hipoglicemia. Isso pode causar sintomas como fraqueza, tontura, visão embaçada e até desmaios, o que em um ambiente como o mar representa um perigo real. Além disso, sem a energia adequada, o corpo entra em um estado de fadiga mais rápido, o que reduz a força, a velocidade de reação e a capacidade de manter o ritmo do treino.
Alguns sinais de que o corpo pode estar sendo afetado negativamente pelo jejum durante o surf incluem:
- Sensação de cansaço anormal logo no início da sessão
- Tremores, suor frio ou sensação de desorientação
- Queda no desempenho sem motivo aparente
- Dificuldade para manter o equilíbrio ou executar manobras simples
- Sensação de enjoo ou mal-estar geral
Esses sintomas indicam que o corpo está com dificuldade de manter as funções básicas durante o exercício. Em esportes como o surf, que exigem atenção constante, controle corporal e resistência, essas falhas podem comprometer o rendimento, e a integridade física do atleta.
Portanto, mesmo que o jejum possa fazer parte de uma estratégia de treinamento em alguns contextos, ele não deve ser adotado de forma aleatória ou sem considerar as características da atividade, o estado nutricional e a adaptação do organismo.
Quando o jejum pode ser seguro no surf
Apesar dos riscos, existem situações em que o jejum pode ser seguro no surf. Isso geralmente acontece quando o atleta já tem um bom nível de adaptação e conhece bem as reações do próprio corpo durante o esforço físico sem alimentação prévia. Com o tempo, o organismo se ajusta e passa a utilizar a gordura como principal fonte de energia, o que reduz a dependência do glicogênio e da glicose disponíveis logo após uma refeição.
Esse tipo de prática pode ser viável principalmente em sessões curtas, de baixa a moderada intensidade, realizadas em condições estáveis e previsíveis. Além disso, se a pessoa teve uma alimentação adequada no dia anterior, com boa ingestão de carboidratos, proteínas e líquidos, ela pode começar o dia com reservas de energia suficientes para treinos mais leves.
Algumas condições que favorecem a segurança do jejum no surf incluem:
- Sessões curtas, com tempo limitado na água
- Treinos em ritmo leve ou moderado
- Corpo adaptado a treinos em jejum, sem sintomas adversos
- Boa alimentação no dia anterior, com foco em energia e recuperação
- Experiência prévia que comprove tolerância a essa estratégia
Mesmo assim, o jejum nunca deve ser encarado como uma solução única ou universal. Cada pessoa responde de maneira diferente, e o ideal é testar essa prática de forma gradual, sempre observando os sinais do corpo. Quando bem ajustado, o jejum pode ser uma ferramenta a mais no planejamento do treino, mas nunca deve comprometer a segurança ou o rendimento do atleta.
Alternativas leves para antes da sessão
Para quem não se adapta bem ao jejum completo mas também não quer surfar com o estômago cheio, existem opções intermediárias que ajudam a garantir energia sem causar desconforto. Pequenas refeições leves, ricas em carboidratos de fácil digestão, podem oferecer o combustível necessário para o corpo sem comprometer a mobilidade e o conforto durante o treino na água.
Essas alternativas são úteis em treinos de maior duração ou intensidade, quando o corpo exige mais glicose para sustentar o desempenho. A escolha do alimento deve priorizar digestibilidade e rápida absorção, evitando itens gordurosos ou com muitas fibras, que podem pesar ou causar desconforto gastrointestinal.
Algumas sugestões de lanches leves antes do surf incluem:
- Banana com um pouco de mel ou aveia;
- Pão branco com geleia de frutas;
- Carboidratos de rápida absorção como o Carb Up;
- Shake de whey protein com água;
- Barrinha de cereal com baixo teor de gordura.
Carb Up Gel Super Fórmula da Probiótica
Carb Up Gel Super Fórmula é um produto destinado a atletas que buscam o suporte energético para seu desempenho com rapidez e praticidade. Esse carboidrato de rápida absorção fornece energia antes e durante a atividade física.
Disponível nos sabores: Açaí com Guaraná; Banana; Baunilha; Caldo de Cana com Limão; Chocolate; Laranja; Morango Silvestre.
Destaques do Carb Up Gel Super Fórmula
- 20g de carboidratos por sachê
- Blend de carboidratos
- Com Maltodextrina, Frutose e Dextrose
A quantidade também faz diferença. Pequenas porções, consumidas cerca de 30 a 60 minutos antes da sessão, tendem a ser bem toleradas pela maioria dos praticantes. O ideal é testar diferentes combinações nos dias de treino e observar como o corpo responde, ajustando conforme a necessidade.
Com o tempo, é possível encontrar um equilíbrio entre performance e conforto, garantindo energia suficiente para o treino sem a sensação de peso ou lentidão. Sendo uma estratégia útil para atletas que treinam em horários apertados, mas não querem abrir mão da segurança nutricional.
“Independente de com ou sem carbo, uma coisa que não pode faltar nos treinos é conforto… o mais importante é que ao longo de um ciclo de treinamento você se certifique de que está se alimentando adequadamente pra demanda de treinos que você tá fazendo…”
Surfar em jejum pode funcionar em alguns contextos, mas não é uma estratégia indicada para todos. O mais importante é entender como o corpo reage e adaptar a rotina de forma segura e eficiente. Avaliar o tipo de treino, a intensidade e a alimentação anterior faz toda a diferença. Com planejamento, é possível manter o desempenho sem abrir mão da segurança.
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